sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Quem é o Agressor Sexual

Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de atos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças.
Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amiguinho, ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação do clube, o consultório do pediatra de confiança e, quase impossível acreditar, pode estar nas aulas de catecismos da paróquia. Portanto, o mais sensato será acreditar que não há lugar absolutamente seguro contra o abuso sexual infantil.
Segundo a
Dra. Miriam Tetelbom, o incesto pode ocorrer em até 10% das famílias. Os adultos conhecidos e familiares próximos, como por exemplo o pai, padrasto ou irmão mais velho são os agressores sexuais mais freqüentes e mais desafiadores. Embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes.
Esses casos começam lentamente através de sedução sutil, passando a prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas. É nesse ponto que a criança se pergunta como alguém em quem ela confia, de quem ela gosta, que cuida e se preocupa com ela, pode ter atitudes tão desagradáveis.

Pesquisa feita por entidades que trabalham em parceria com o Ministério da Justiça indica que a cada oito minutos uma criança brasileira é vítima de abuso, ou seja, 60mil crianças por ano são vítimas de abuso no Brasil: 80% dos casos são contra meninas; 82% são crianças entre 2 e 10 anos;90% dos casos a criança é abusada por alguém que conhece e ama; pela ordem, o pai biológico, o padrasto, tios, avôs e irmãos;60% (estimativa) dos casos envolvem pessoas das classes média e média alta.

ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR

AGRESSOR .........No. ............%
PAI ........................77 ..............52
PADRASTO.......... 47..............32
TIO....................... 10............... 8
MÃE......................04............... 4
AVÔ...................... 03............... 2
PRIMO.................. 02............... 1
CUNHADO............ 02............... 1
TOTAL................. 145........... 100


Para prevenir:


As principais recomendações são que:- a partir de um ano e meio, a criança comece a receber noções sobre o seu corpo;- a partir dos 3 anos, os pais expliquem quais são os órgãos sexuais e ensinem aos filhos a reagir a qualquer tentativa de abuso- sempre se ouça o que a criança tem a dizer, por mais absurdo que seja. Mantenha um diálogo aberto e franco com seus filhos, com as crianças.- no caso da criança dizer que está sofrendo abuso, não fazer drama ou escândalo, não duvidar. Reassegurar a criança que não é culpa dela, nem é errado ela dizer isso a você e procurar resolver a situação o mais rápido possível.- investir na auto-estima das crianças (elogios, afirmação do seu valor, dar atenção, respeitar, etc..)- prestar atenção no comportamento de adultos que a rodeiam
Tanto a criança, vítima do abuso, sua família e o abusador devem passar por terapia, tratamento psicológico adequado.



Algumas sugestões de abordagens apropriadas de acordo à idade:


*18 meses: ensine a seu filho/a os nomes apropriados das partes do corpo;

*3 a 5 anos: ensine a sua criança as "partes privadas" do corpo e a dizer "NÃO" a qualquer oferta sexual. Dê a eles/as respostas diretas a suas perguntas sobre sexo.

*5 a 8 anos: explique-lhe as normas de segurança quando estiverem longe de casa e a diferença entre um carinho bom e um carinho não apropriado. Alente seu filho/a a falar sobre experiências que o/a amedrontaram;

*8 a 12 anos: ensine segurança pessoal; explique as regras de conduta sexual aceitas pela família;

*13 a 18 anos: destaque a segurança pessoal; explique a violação, as enfermidades sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada.

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